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Quando o ano desacelera, a casa acolhe.

  • fzulzke
  • Dec 18
  • 2 min read

Updated: 7 days ago


Entre luzes e presença


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Há um tempo do ano em que a casa muda de ritmo.


Ainda que a vida siga intensa, com planos de viagens, encontros e celebrações, fechamos um ciclo de trabalho e nos damos permissão para usufruir. O olhar se desloca do fazer para o sentir, prestamos mais atenção ao que nos dá prazer, ao que alimenta a alma, ao que merece tempo e presença. É chegado o tempo de descanso e de autocuidado. De celebração da vida, dos vínculos, dos pequenos rituais.


É nesse intervalo que a casa passa a ser habitada de outra forma. O Natal se aproxima com a árvore que começa a ser montada com calma, nas caixas de enfeites que voltam a ser abertas, nas luzes que se acendem no final do dia e mudam completamente a atmosfera da casa. A casa vira aconchego, vida e abraço.


E é assim, quando o ano desacelera, que a casa acolhe. Ela se torna o lugar onde a gente pousa o que viveu e cria espaço para o que ainda vai chegar.


Neste pouso, faço um balanço do que ficou em 2025.


Narrativas que tive o privilégio de acompanhar, os novos clientes e as casas que se abriram ao longo do ano, proporcionando relações que transcendem o trabalho, sem data para terminar, espaços que começaram vazios e, pouco a pouco, foram sendo preparados para receber as memórias que ainda vão nascer. Fica a alegria de criar cenários para histórias que continuam no próximo ano.


Fica também a satisfação de ter concluído a reforma de uma área externa antes do Natal, num pedido de ajuda, meio de supetão. Fica a gratidão pelo Jardim de Inverno desenvolvido com tanto cuidado e entrega para a CASACOR de São Paulo. Uma experiência intensa e profunda, que ainda reverbera nos encontros significativos, nas parcerias que caminharam comigo nos últimos projetos e me ajudam a concretizar ideias e sonhos.


Fica a certeza de que a casa tem um papel essencial em tempos de mudança. Ela é o que permanece. E o meu trabalho também. Ele permanece na paleta de cores, nos tecidos, na iluminação, na atmosfera criada...


As luzes de Natal acesas no fim da tarde me lembram exatamente desta atmosfera que busco criar em meus projetos. Talvez por isso, me toquem tão profundamente. Elas iluminam a casa de forma suave e respeitosa. Revelam as nuances, sem exageros. São pequenas promessas de continuidade, de esperança, da beleza que insiste. Como se anunciassem, com delicadeza, que o amanhã, o mês seguinte ou o próximo ano podem ser ainda melhores.


Para os meus leitores, para os clientes que tive o privilégio de conhecer em 2025 e para aqueles já almejando os novos projetos em 2026, desejo que o ano vindouro chegue assim: com luzes acesas, casas habitadas e tempo para sentir.


Abraços afetuosos,


Fernanda

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